TRAJETÓRIA
Foi com um projeto audacioso e inspirado nos moldes do implantado em São Paulo, que a então diretora do Hospital Santa Isabel, Irmã Dominícia, reuniu, em 24 de setembro de 1973, um grupo de senhoras e fundaram a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau.
Apenas nove meses se passaram e a RFCC de Blumenau começa a prestar atendimento ambulatorial com o médico Dr. Jorge Laffront e a auxiliar de enfermagem Marina Jungklaus. No início as atividades eram realizadas em espaço cedido dentro do Hospital Santa Isabel, onde a Rede permaneceu até agosto de 1999 quando inaugurou sua sede própria podendo, assim, ampliar seu atendimento.
A construção da nova sede somente foi possível com a ajuda do empresário Wander Weege, de Jaraguá do Sul, que doou 2/3 do custo da obra, com o apoio de arquitetos e engenheiros que fizeram gratuitamente as plantas e com a cessão em comodato do terreno pela Prefeitura de Blumenau, Além disso, móveis e utensílios foram doados por diversas empresas. Atualmente, em sua sede própria à Rua Itajaí nº 150, a Rede concentra todos os setores de atendimento.
Em 2004, o Hospital Santa Catarina passou a doar uma mamografia por dia para a Rede Feminina. No Projeto “Um Beijo Pela Vida” do Instituto AVON, a Rede foi classificada como finalista, recebendo recursos para a aquisição de um mamógrafo e uma processadora de filmes RX. O mamógrafo foi instalado no Hospital Santo Antônio com a colaboração do empresário Wander Weege e da Prefeitura de Blumenau. Mais tarde, a Rede Feminina de Blumenau, fez a doação deste mamógrafo para a cidade de Turvo. Atualmente, a Rede Feminina de Blumenau utiliza o moderno mamógrafo digital recebido pelo Hospital Santo Antônio do Instituto “Américas Amigas”.
Em 2013, a RFCC de Blumenau completou 40 anos de existência e as comemorações tiveram início com o lançamento do Selo Comemorativo pelos Correios, em 27 de novembro. Foi também, nesta época que um projeto grandioso das voluntárias Elke Willecke e Maria Helena Schlup foi concretizado, com a colaboração da voluntária e ex-presidente, Marcia Maria Murara Peiter, o livro Uma Rede de Amor, que relata toda a trajetória da Rede, em textos, fotos e vídeo. “Esta obra lembra que a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau nasceu, cresceu e não vai parar, pois as gerações se sucedem, mas os objetivos são unilaterais e suas voluntárias sempre terão amor como lema”, afirma Maria Helena Schlup.
Como pessoa Jurídica de Direito Privado, sem fins lucrativos, a Rede Feminina de Blumenau conta com o trabalho voluntário, inclusive da diretoria, e mantem sua estrutura de atendimento, serviços e 9 funcionários técnicos, por meio de doações, parcerias, vendas de roupas usadas e inúmeros eventos beneficentes. A Entidade possui também duas salas comerciais, no condomínio Edifício Empresarial Columbia Center, à rua Dr. Luiz de Freitas Melro, 395 que atualmente encontram-se alugadas. A renda do aluguel é revertida para ajudar no custeio do atendimento às pacientes.
Instituída inicialmente com 21 voluntárias, atualmente conta com aproximadamente 127 mulheres que se revezam no atendimento dos oito setores em funcionamento, são eles: Ambulatório, Apoio e Orientação à Mastectomizadas, Educacional, Apoio Moral, Brechó Roupa Limpa, Promocional, Bazar e Conselho Municipal da Saúde.
Com um trabalho sério, eficaz e reconhecido pela classe médica e comunidade, a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau foi considerada de Utilidade Pública Municipal – Lei nº 2296, de 7 de novembro de 1977, de Utilidade Pública Estadual pela Lei n° 5620 de 09 de novembro de 1979, de Entidade Filantrópica – 22 de maio de 1995 e de Utilidade Pública Federal em 5 de outubro de 1996 conforme art. 1º da Lei nº 91 de 28/08/35 e art. 1º do decreto nº 50.517 de 02/05/61.
Atualmente a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Blumenau é presidida pela voluntária Sueli Roberti Cristofolini.